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Memória
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Ecoturismo Caminhos do Mar: a história da ligação entre o
litoral
e o planalto paulista
Em 1837, o missionário metodista americano Daniel Parish Kidder
chegou ao Brasil. Após desembarcar no Rio de Janeiro, seguiu para
São Paulo pelo litoral, tendo que transpor a Serra do Mar pelo
Caminho do Padre José de Anchieta. A trilha do jesuíta foi aberta
pelos portugueses em substituição ao Caminho do Piaçaguera,
principal via de acesso entre a costa e o planalto, utilizada pelos
indígenas. "Panorama de rara beleza, pela variedade que apresenta:
mar, terra, planícies, florestas, montanhas e estradas, e, além, o
infinito maravilhoso", registraria impressionado, em relato, Parish
Kidder.
A história dessa primeira trilha aberta pelos portugueses na Serra
do Mar, entre outras curiosidades, pode ser conferida e vivenciada
no roteiro "Ecoturismo Caminhos do Mar", que percorre a Estrada
Velha de Santos (SP-148) e acaba de ser reaberto sob a gestão da
Fundação Energia e Saneamento.
Localizado dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, o roteiro é,
além de uma boa opção de ecoturismo, um programa
histórico-cultural, pois apresenta, em seu percurso, vários
monumentos e construções, alguns datados do centenário da
Independência do Brasil, em 1922, e que registram a importância
destes caminhos de interligação entre o litoral e o planalto para o
desenvolvimento do Estado.
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Primeira rodovia na América Latina a receber pavimentação em
concreto, a Estrada Velha
aproveita o desenho da serra para traçar seu caminho até o
litoral. Foto: Gustavo Secco
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Além dos monumentos e da bela vista da Mata Atlântica e da Baixada
Santista, proporcionada pelas curvas acentuadas da Estrada Velha, o
visitante pode percorrer trechos da Calçada do Lorena, primeira
trilha pavimentada com pedras a ligar o litoral ao planalto
paulista, inaugurado em 1792.
Com 8 km, o roteiro "Caminhos do Mar" pode ser acessado tanto por
São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, como por Cubatão. O
empreendimento funciona de terça a domingo, das 9 às 16 horas,
sendo necessário agendar a visita pelo telefone (13)
3372-3307.
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Uma das atrações do roteiro é a Casa de Visitas, usada para
hospedar o público
que vinha conhecer as obras do Alto da Serra na década de 20.
Atualmente,
abriga exposição sobre a Usina Henry Borden. Foto: Maria Cecilia
Furegato
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Antigo ponto de parada de carros durante a viagem entre Santos e
São Paulo,
o Pouso de Paranapiacaba é um dos monumentos construídos em
comemoração
ao centenário da Independência. Foto: Maria Cecilia
Furegato |

Ponto de descanso e reabastecimento das viagens, o Rancho da
Maioridade
é alusivo à estrada de mesmo nome, construída entre 1841 e
1846.
Foto: Maria Cecilia Furegato
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O roteiro também possibilita ao visitante percorrer trechos da
Calçada do Lorena, primeiro caminho pavimentado com pedras a ligar
o litoral ao planalto paulista, inaugurado em 1792. Foto: Gustavo
Secco
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Bernardo de Lorena, governador-geral da extinta Capitania de São
Paulo que ordenou a construção da calçada que levaria seu nome, é
homenageado
no monumento Padrão do Lorena, no km 47,2 da Estrada Velha. Foto:
Maria Cecilia Furegato
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Rede Museu da Energia
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Inauguração de nova biblioteca marca 14 anos
do Museu da Energia de Itu
Em dezembro, o Museu da Energia de Itu completou 14 anos de
existência, e para celebrar a data, o espaço passou a oferecer mais
um serviço à comunidade ituana: uma biblioteca. Instalado no andar
térreo do edifício, o novo equipamento conta com cerca de 1.000
itens, entre livros, revistas, catálogos e outros documentos nas
áreas de história, energia, sustentabilidade, saneamento e
museologia, além de material sobre a cidade de Itu e publicações da
Imprensa Oficial. A entrada no espaço é gratuita e os exemplares
poderão ser consultados apenas no local.
Campanha da Gibiteca
Entre 4 de janeiro e 2 de fevereiro, o Museu realizará uma
campanha de doação de gibis, com o objetivo de diversificar e
aumentar o volume do acervo da biblioteca e sala de ação educativa
voltado ao público infantojuvenil. As publicações poderão ser
doadas na recepção do Museu, e ao participar da ação, o doador terá
acesso livre às exposições da unidade.
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Frequentadores do Museu agora poderão consultar, gratuitamente,
livros nas áreas
de história, energia, sustentabilidade, saneamento e
museologia
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Espaço das Águas
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Em 1936, em São Paulo, empregados injetam argamassa no extradorso
das aduelas de um dos túneis da Adutora Rio Claro. Acervo Memória
Sabesp
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As águas do Rio Claro:
vencendo as distâncias para
abastecer a Capital
Apesar de concluído na década de 40, as origens do Sistema
de Abastecimento de Água Rio Claro remontam aos primeiros anos do
século 20. Naquela época, São Paulo passava por graves crises de
abastecimento, pois os mananciais da Serra da Cantareira e a
captação no Tietê não conseguiam suprir a demanda existente. Como
solução, em 1905, o engenheiro sanitarista Saturnino de Brito
publicou um parecer indicando o Rio Claro como um manancial a ser
considerado.
No entanto, por localizar-se a 70 quilômetros da Capital, o Rio
Claro teve sua adução adiada, pois a distância do manancial em
relação a São Paulo prolongaria as obras do sistema e a demanda era
urgente. Mesmo com o parecer negativo, em 1912, o senador e
engenheiro José Mattoso Sampaio Corrêa propôs o primeiro projeto de
adução do rio: as nascentes do curso encontravam-se em sua
propriedade. O estudo foi rejeitado por ter deficiências
técnicas.
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Vista aérea da Estação de Tratamento de Água Casa Grande,
pertencente
ao Sistema Rio Claro, em Biritiba Mirim, SP. Foto: Odair Faria /
Acervo
Memória Sabesp |
Somente em 1925, a Repartição de Águas e Esgotos, órgão
responsável pelos serviços de saneamento na Capital, revisaria e
aceitaria a proposta de Sampaio Corrêa. Naquele período, tiveram
início a construção das barragens Casa Grande e Poço Preto, além
das obras do Reservatório Mooca e da Lapa. Devido à grande extensão
da canalização e suas dificuldades construtivas, a adutora Rio
Claro demoraria 15 anos para ser concluída. Com a primeira etapa
finalizada em 1939, o Sistema contribuía, ao lado do Guarapiranga,
com o maior volume de água voltado à capital. Ampliado na década de
70, o Rio Claro produz, hoje, 4 mil litros de água por segundo,
abastecendo 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São
Paulo.
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Em 1932, empregados trabalham em Salesópolis nas obras de
construção de um aqueduto da adutora localizada entre Casa Grande e
Poço Preto,
pertencente ao Sistema Rio Claro. Acervo Memória Sabesp
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Notícias
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Núcleo de Documentação
e Pesquisa terá novo endereço
em 2014
O Núcleo de Documentação e Pesquisa (NDP) da Fundação Energia e
Saneamento, localizado na Rua do Lavapés, 463, no Cambuci, estará
fechado entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, período em que
terá sua estrutura transferida para um novo endereço, no bairro da
Penha. O prédio, pertencente à AES Eletropaulo, abrigará tanto o
acervo da Fundação como a sala de atendimento aos pesquisadores. A
Instituição detém um acervo composto por 260 mil documentos
iconográficos (principalmente fotografias), 1.600 metros lineares
de documentos textuais, 10 mil documentos cartográficos, 2.300
documentos audiovisuais e sonoros e 50 mil títulos na
biblioteca.
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Exposição sobre a Revolução de 1932 chega ao Museu da
Energia
de Jundiaí
Após passar pelos Museus da Energia de São Paulo e Itu, a exposição
itinerante "1932, o Ano da Revolução Constitucionalista" poderá ser
conferida, entre 11 de dezembro e 18 de janeiro, no Museu da
Energia de Jundiaí. A mostra reconta a história da guerra civil que
mobilizou boa parte da população paulista por meio de imagens do
acervo da Fundação Energia e Saneamento, selecionadas entre as mais
de 300 que registram cenas da revolução. Entre os destaques, estão
registros do alistamento e exames médicos dos soldados, a
preparação de mulheres para atuarem no fronte como enfermeiras e a
participação de indígenas na revolução.
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Aviadores que participaram na Revolução de 1932
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