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Memória
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Julho: o mês das revoluções paulistas
Uma das mais importantes memórias cívicas de São Paulo, a Revolução
Constitucionalista foi deflagrada em 9 de julho de 1932. No
entanto, o mês de julho também foi protagonista de outra
insurgência paulista: a Revolução de 1924. Para relembrar estes
dois conflitos, ocorridos em julho, esta edição do boletim
apresenta algumas das mais de 600 imagens do Acervo da Fundação
Energia e Saneamento que registraram estes eventos
históricos.
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Área de bivaque (acampamento e abrigo, sem o uso de barracas) das
tropas legalistas, no Parque D. Pedro II, julho de 1924
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Transeuntes perto de poste atingido por balas de fuzil, durante a
Revolução de 1924 |
A Revolução
Esquecida
Menos lembrada do que a Revolução de 1932, a Revolução de 1924,
liderada por jovens oficiais do exercito brasileiro insatisfeitos
com o sistema político, tinha como principal objetivo destituir o
presidente Artur Bernardes do poder. Para os revoltosos, o
presidente representava os vícios da política "café com leite" que
havia levado as elites de Minas Gerais e de São Paulo a
compartilhar o poder político do país desde o início do século XX.
Lembrada como um dos levantes do chamado movimento tenentista, a
Revolta de 1924 colocou São Paulo em um Estado de guerra civil por
23 dias, mas não resistiu ao cerco promovido pelas tropas
governistas. No dia 27, as forças revolucionárias paulistas se
retiraram para o interior de São Paulo, seguindo mais tarde para o
sul do Brasil.
Clique aqui e confira um informe divulgado pela The São Paulo
Tramway, Light & Power Co. Ltd durante a Revolução de
1924.
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Manchete do jornal O Paiz, 15 de julho de 1924 |
A Guerra Paulista
A Revolução Constitucionalista de 1932 começou a se materializar
quando Getulio Vargas - que havia tomado o poder por meio de um
golpe de estado em 1930 - nomeou um interventor federal que
desagradou as forças políticas paulistas. O povo saiu às ruas e o
estopim das manifestações contra o governo provisório ocorreu em 23
de maio, quando quatro estudantes foram mortos na Praça da
República. A morte de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC)
deu uma nova motivação aos manifestantes. Com amplo apoio da classe
média, a luta estendeu-se por três meses. Apesar da rendição das
forças revolucionárias em 2 de outubro, a principal reivindicação
foi atendida por Vargas: a convocação de uma nova constituinte, que
levaria à promulgação da Constituição de 1934. Além disso, a
Revolução Constitucionalista tornou-se um dos símbolos da
identidade paulista.
Clique aqui e confira um boletim do Governo pedindo a rendição dos
soldados revoltosos em 1932.
Para saber mais: Em
parceria com a Imprensa Oficial, a Fundação publicou, em 2010, o
livro-reportagem "1924 - O Diário da Revolução: os 23 dias que
abalaram São Paulo". Sobre a Revolução Constitucionalista, a
Fundação tem levado à itinerância a exposição "1932: O Ano da
Revolução Paulista".
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Com a escassez de alimentos ocasionada pela Revolução de
1924,
a população começou a saquear mercados e indústrias - neste
caso,
os armazéns da Companhia Puglisi |

Acima, soldados despedem-se de suas famílias para irem lutar na
Revolução de 1932
À direita, população reunida participando de um comício em
protesto
ao governo de Getúlio Vargas, na Praça da Sé, 1932 |
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Rede Museu da Energia
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Casa de Máquinas da Usina-Parque Jacaré, situada junto ao rio
Jacaré-Pepira. Foto de Salomon Cytrynowicz
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Usina-parque do Jacaré
Em virtude da riqueza do café e dos recursos hídricos da região, o
município de Brotas, no interior do Estado, passou a dispor de
energia elétrica em 1911, ano em que sua primeira usina
hidrelétrica começou a gerar energia. Mais tarde, nos anos 40, o
aumento na demanda por eletricidade fez com que a cidade recebesse
a instalação de uma segunda hidrelétrica - a usina do Jacaré, parte
do acervo arquitetônico da Fundação Energia e Saneamento.
Construída às margens do rio Jacaré-Pepira, no distrito de
Patrimônio de São Sebastião da Serra, a usina teve alguns problemas
iniciais - em pleno decorrer da 2ª Guerra Mundial, não havia como
importar as chapas de aço necessárias para a canalização das águas
e a falta de cimento também dificultava as obras. Com a escassez de
matérias-primas, a solução inédita para a época foi construir a
tubulação em madeira. A usina iniciou seus trabalhos em 1944, e
tinha como principal finalidade fornecer energia a uma fábrica de
materiais bélicos que seria instalada em Limeira. Após algumas
reformas nos anos seguintes, a usina do Jacaré funcionou
normalmente até 1970, quando foi desativada. Com a doação da
hidrelétrica à Fundação pela Companhia Energética de São Paulo -
CESP em 1998, inicia-se um processo de restauro em que o maquinário
original foi preservado. Mais tarde, em 2010, a usina voltou a
gerar energia, contribuindo para a sustentabilidade financeira da
Fundação Energia e Saneamento.
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Barragem da usina junto ao rio Jacaré-Pepira. Foto de Salomon
Cytrynowicz |
Espaço das Águas
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Fundação inaugura Espaço das
Águas de Salesópolis com
exposição fotográfica
A Fundação Energia e Saneamento inaugurou, no último dia 3
de julho, em Salesópolis, sua mais nova unidade do Espaço das
águas, projeto que estimula o debate sobre os recursos hídricos, a
memória do saneamento e a responsabilidade socioambiental.
Instalado em uma sala no Museu da Energia da cidade, o Espaço
apresenta ao público a exposição " Fatos e Fotos do Rio Tietê",
resultado de um concurso cultural fotográfico inspirado no Tietê. A
mostra apresenta 25 imagens de fotógrafos profissionais e amadores
que registram o percurso do rio, desde sua nascente, em
Salesópolis, até sua chegada em São Paulo.
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Notícias
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Em agosto, Fundação lança livro
"Transformações Urbanas:
São Paulo 1893 a 1940"
Uma das ações que marcam as comemorações dos 15 anos da Fundação
Energia e Saneamento, o livro "Transformações Urbanas: São Paulo
1893 a 1940" será lançado no final do mês de agosto pela
instituição. Com textos de especialistas e 179 fotos históricas, a
publicação apresenta um passeio pela São Paulo do final do século
XIX e início do século XX e revela como a indústria da energia e do
saneamento participaram do desenvolvimento da maior cidade
brasileira.
A obra reúne, entre outras, imagens de autoria de importantes
fotógrafos do período, como Guilherme Gaensly, Pierre Doumet e Hugo
Zanella. Com tiragem inicial de três mil exemplares, a publicação
estará à venda na Rede Museu da Energia e ficará disponível para
consulta no Núcleo de Documentação e Pesquisa da Fundação. O título
foi patrocinado pela AES Eletropaulo e recebeu o apoio do Governo
do Estado, por meio do ProAC - Programa de Ação
Cultural.
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Dia do Patrimônio inspira ações na Rede Museu da
Energia
Em comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio (17 de agosto), a Rede
Museu da Energia promoverá ações em algumas de suas unidades. No
próximo dia 13, o Museu da Energia de Itu realizará o evento "Uma
noite no século XIX", que dará aos visitantes a oportunidade de
vivenciar atividades da época, com performances teatrais, saraus e
jogos. Já no sábado (17/08), o Museu de São Paulo oferecerá uma
visita temática sobre a fase inicial do edifício que abriga o
Museu, antiga residência da família Santos Dumont. No mesmo dia, em
Jundiaí, o público poderá participar do "Rally Fotográfico",
atividade que convida o visitante a produzir fotos dos pontos
históricos da cidade com foco na arquitetura e nos patrimônios
material e imaterial. Confira
a programação completa no site da Fundação.
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Museu da Energia de São Paulo recebe visita de caminhão
multimídia da AES Eletropaulo
No último dia 12, o Museu da Energia de São Paulo recebeu a visita
do caminhão multimídia da AES Eletropaulo. O veículo, que conta com
três grandes telas, apresenta um vídeo interativo que transmite, de
forma lúdica, informações sobre o uso adequado de energia elétrica,
dicas de consumo consciente e segurança da energia. A ação foi
realizada no estacionamento do Museu das 10 às 16 horas, recebendo
os grupos escolares agendados para o dia, além de visitantes
espontâneos.
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Faça Parte
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Petrobras patrocina exposição sobre evolução do combustível
automotivo
A Petrobras confirmou o patrocínio, via ProAC, da exposição que
irá traçar uma linha histórica da produção de combustíveis para
veículos em São Paulo. Mesclando imagens históricas com atuais, a
mostra apresentará um panorama da evolução tecnológica, culminando
nas questões de conservação de energia presentes nos debates
atuais. O objetivo é fornecer ao público informações sobre o
consumo racional e eficiente de energia. Prevista para itinerar
durante um ano, a exposição será apresentada na sede da Petrobras,
na Avenida Paulista, além do Conjunto Nacional e Estações do
Metrô.
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