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Memória
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Regresso da pescaria no Salto de Urubupungá, próximo da confluência
entre os rios Tietê e Paraná. Hoje submerso, o Salto dá nome ao
Complexo
formado pelas Usinas Hidrelétricas de Jupiá, Ilha Solteira e Três
Irmãos*
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Mapeando o território paulista: a Comissão Geográfica
e Geológica de São Paulo
Com mais de 40 milhões de habitantes e 645 cidades, o Estado de São
Paulo, hoje o mais populoso do Brasil, era um território em boa
parte inexplorado até o início do século 20. Para se ter uma ideia,
há exatos 110 anos era publicado, pela primeira vez, o relatório
"Exploração do Rio Tietê", estudo financiado pelo governo da época
com a finalidade de mapear a região desconhecida do extremo oeste
paulista. Realizado pela extinta Comissão Geográfica e Geológica
(CGG), "Exploração do Rio Tietê" apresenta, além de belas
fotografias do rio, dados relativos à sua extensão, correnteza,
navegabilidade, ilhas, afluentes, cachoeiras e até mesmo a
existência de povoados e aldeias indígenas hostis na região.
O estudo, que integra o acervo da Fundação Energia e Saneamento e
encontra-se disponível para consulta no
Núcleo de Documentação e Pesquisa, também sinalizava o
potencial hídrico do chamado Baixo-Tietê para a produção de energia
elétrica, como o Salto de Avanhandava, que receberia, mais tarde,
na década de 1980, uma das maiores usinas instaladas no rio.
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Partida da equipe da Comissão Geológica e Geográfica de São Paulo
rumo ao extremo oeste do Estado, via Rio Tietê |

João Pedro Cardoso, chefe da CGG, registrou que o Salto do
Avanhandava
seria "uma das maiores riquezas naturais que possui o Estado de
São Paulo
e que aguarda futuro não muito remoto para vir contribuir para a
grandeza
e prosperidade da indústria entre nós"
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A Comissão Geográfica e Geológica
Um dos primeiros departamentos de caráter científico no meio
público paulista, a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
foi criada em 1886, em meio ao declínio da economia cafeeira no
Vale do Paraíba e à necessidade de expansão da lavoura para as
terras férteis do oeste paulista. Nesse contexto, as pesquisas da
CGG, que serviam para subsidiar a ocupação dos novos territórios,
também mapeariam os possíveis caminhos para as zonas de exploração
agrícola e para a construção de um sistema viário que permitisse o
escoamento do café, integrando as ferrovias à navegação
fluvial.
Ao longo de seus 45 anos de existência, a CGG reuniu uma equipe
interdisciplinar que trabalhou no levantamento das cartas
geográfica, geológica e topográfica do Estado, bem como na
demarcação das fronteiras com Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Paraná. A Comissão recebeu a colaboração de pesquisadores de
prestígio como o engenheiro Theodoro Sampaio, o geólogo
norte-americano Orville Adelbert Derby e o naturalista sueco Albert
Löfgren. Extinta em 1931, a CGG deu origem a importantes
instituições de pesquisa do Estado como o Instituto Geológico/SMA,
o Instituto Florestal e o Museu Paulista.
*Todas as imagens deste artigo são reproduções feitas a partir do
exemplar (3ª ediçção - 1930) do Relatório "Exploração do Rio Tietê"
disponível para consulta no NDP. A guarda de toda a documentação
produzida pela CGG pertence, atualmente, ao Núcleo Curadoria do
Acervo Histórico do Instituto Geológico/Secretaria do Meio Ambiente
do Governo do Estado de São Paulo.
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Subida pela Cachoeira das Cruzes |
"As águas do vale do Tietê já prestam uma valiosa contribuição
para o desenvolvimento de nossas indústrias. Basta notar que na
Capital e em muitas cidades do interior vemos instalações elétricas
de força e luz, fábricas diversas, etc., que utilizam-se deste
grande agente com que a natureza foi prodigiosa para conosco, em
sua distribuição."
João Pedro Cardoso, chefe da CGG,
Relatório "Exploração do Rio Tietê", 1905
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Parada na Ilha do Saráu, no Rio Paraná, próximo da foz do
Tietê |
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Rede Museu da Energia
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União Negra Ituana lança livro no Museu da Energia
Nesta sexta-feira (27/02), o Museu da Energia de Itu recebe o
evento de lançamento do livro "África: nossa história, nossa
gente", de Ademir Barros dos Santos. Um projeto da União Negra
Ituana (UNEI) em parceria com o Núcleo de Cultura Afro-brasileira
da Universidade de Sorocaba, a obra apresenta um panorama sobre o
continente africano e sua contribuição na formação da sociedade
brasileira.
O evento terá início às 19 horas, com a apresentação da roda de
capoeira da UNEI, seguida pelo debate "Autoestima Negra X Bullyng",
às 19h30, que contará com a presença do autor Ademir dos Santos, da
educadora Ana Maria Sampaio (Secretaria Municipal de Educação), do
gestor público Allie Marie Dias de Queiroz (Secretaria Municipal de
Cultura), do sociólogo Alessandro José de Oliveira e da presidente
da UNEI Rosália Maria Rodrigues de Campos.
Dividido em três partes (que exploram os temas sobre a África como
berço da humanidade, a diáspora africana e a escravidão e a
evolução da negritude no Brasil), o livro foi vencedor de um edital
da Fundação Cultural Palmares (FPC) que concedeu subsídio a
iniciativas alusivas ao Dia da Consciência Negra. No dia de
lançamento, a obra será vendida a R$ 10,00, com desconto de
70%.
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Livro da União Negra Ituana será lançado nesta sexta-feira
(27/02)
no Museu da Energia |
Espaço das Águas
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Exposição "Água: Energia do
Planeta Terra" itinera no
Senac Osasco
Até o dia 26 de março, os moradores de Osasco que visitarem o
Senac da cidade (Rua Dante Batiston, 248 - Centro) poderão conferir
a mostra itinerante "Água: Energia do Planeta Terra", da Fundação
Energia e Saneamento. A exposição apresenta a produção de
cartunistas de diversos países que usam sua arte para provocar
inquietações sobre a urgência de utilizar a água de forma
consciente, percebendo-a como um patrimônio a ser preservado.
A Fundação Energia e Saneamento possui um programa de empréstimo
de suas exposições itinerantes a empresas e associações
interessadas. Algumas das mostras disponíveis podem ser conferidas
aqui.
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Notícias
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Museu da Energia de
São Paulo inicia campanha
de arrecadação para
nova Gibiteca
A partir do dia 1º de março, o Museu da Energia de São Paulo inicia
uma campanha de arrecadação de quadrinhos para compor o acervo da
nova Gibiteca que será inaugurada na Sala de Ação Educativa. Os
interessados em contribuir podem realizar a doação no próprio
Museu, de terça a sábado, das 10 às 17 horas (Alameda Cleveland,
601, Campos Elíseos).
Todos os estilos de gibis são bem-vindos e para estimular a
participação, o Museu da Energia dará, em troca, no ato da doação,
um livro lançado pela Fundação Energia e Saneamento. A campanha
seguirá por tempo indeterminado.
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Quadrinhos doados farão parte da Gibiteca do Museu da
Energia |

Este é o segundo ano que o Museu da Energia de Itu promove uma
oficina
gratuita de Lightpainting
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Museu da Energia de Itu
abre inscrições para oficina de Light Painting
A Organização das Nações Unidas proclamou 2015 como o Ano
Internacional da Luz, e para celebrar a iniciativa, o Museu da
Energia de Itu abre, a partir do dia 9 de março, inscrições para a
Oficina de Fotografia Lightpainting. O workshop, que é gratuito e
será ministrado pelo fotógrafo Fernando Henrique Campos nos dias 25
e 26, das 18h30 às 21 horas, no Parque do Varvito, apresentará a
técnica que utiliza a longa exposição da câmera para a composição
espacial de desenhos com pincéis de luz.
Serão disponibilizadas 30 vagas, abertas para o público em geral,
e as inscrições seguem até o dia 23 de março pelo e-mail itu@museudaenergia.org.br.
Para participar, o interessado deverá levar seu próprio
equipamento: câmera fotográfica com ajuste manual de tempo de
exposição, lanterna ou qualquer fonte de luz elétrica e,
preferencialmente, um tripé.
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