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Memória
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Gaensly e o registro da
São Paulo em desenvolvimento
Quem deseja saber mais sobre a história da urbanização e
industrialização de São Paulo certamente irá se deparar com o nome
de Guilherme Gaensly. O fotógrafo e imigrante suíço foi o principal
autor das imagens da cidade no início do século XX, período em que
a capital iniciou seu grande crescimento econômico e populacional.
Além da intensa produção de estampas e cartões postais, a obra de
Gaensly é marcada por um forte rigor técnico e formal e inclui
registros fotográficos de quando trabalhou para a empresa São Paulo
Light & Power (de 1899 a 1925), ao ser contratado para
documentar as atividades da companhia de energia. Desse período,
datam imagens da instalação de infraestrutura de geração de
energia, como a construção de usinas, além do estabelecimento do
transporte coletivo a bonde.
Parte integrante do acervo da Fundação Energia e Saneamento, esse
conjunto fotográfico é composto por 781 imagens - entre assinadas e
atribuídas a Gaensly. O processo de atribuição de autoria,
realizado pelo especialista em conservação fotográfica Sergio
Burgi, confirmou que a Fundação dispõe do maior acervo conhecido do
fotógrafo. Um conjunto de imagens de Gaensly fará parte do livro
"Transformações Urbanas: São Paulo - 1893 a 1940", que será lançado
ainda este ano, também em comemoração aos 15 anos de criação da
Fundação. Confira alguns de seus trabalhos nesta edição do
Boletim.
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Considerada a "imagem zero", a foto acima é o primeiro registro de
Gaensly para a Light, e mostra o início das obras de implantação
das linhas de bonde na Rua 25 de março, em 5 de julho de
1899
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Em 1901, entrava em operação a primeira hidrelétrica da Light no
Brasil, a Usina de Parnaíba, que operava com 2 MW de capacidade. A
imagem, registrada por Gaensly em 19 de julho de 1900, revela as
obras do conduto forçado principal, entre os dois reservatórios da
Usina Parnaíba, com 12 pés de diâmetro
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Gaensly "volta à Suíça" em exposição
Guilherme (ou Wilhelm, seu nome verdadeiro) Gaensly imigrou para o
Brasil em 1848. Tinha apenas cinco anos de idade quando desembarcou
em Salvador, acompanhado da família. Já passados mais de 80 anos de
sua morte, o suíço finalmente terá seu trabalho reconhecido no país
de origem. O Museu Johann Jacobs, da Suíça, está sendo remodelado e
prepara-se para receber uma nova exposição que trata da imigração e
das realizações de suíços em outros países. Com o objetivo de
selecionar fotos de Gaensly para a exposição, o professor doutor
Stefan Wellgraf, que participa da curadoria da mostra, veio ao
Brasil e visitou o Núcleo de Documentação e Pesquisa da Fundação,
escolhendo algumas das imagens do acervo. A exposição do Museu
Johann Jacobs será aberta em 2014.
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O acervo "Gaensly" em números
- Série São Paulo:
- 612 imagens (14 assinadas e 598 atribuídas, todas do período em
que Gaensly trabalhou para a Light, de posse exclusiva da
Fundação)
- Série Parnaíba: 73 imagens (todas atribuídas, exclusivas da
Fundação) - Série Sorocaba: 41 imagens (todas atribuídas,
exclusivas da Fundação)
- Álbum Lembranças de São Paulo: 55 imagens (assinadas por
Gaensly, do período anterior a Light, de 1895-1899).
À direita, Gaensly registra o vapor São Gottardo atracando no cais
do porto de Santos, trazendo os imigrantes - que se reúnem à murada
para observar a nova terra, ca. 1896-1900. A foto em questão é uma
das selecionadas para a exposição no Museu Johann Jacobs, na
Suíça
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A imagem acima, de julho de 1916, revela a vista parcial da
barragem do rio Sorocaba, destacando o reservatório principal. O
bloco, à esquerda, junto à barragem, corresponde, provavelmente, ao
ponto de tomada de água
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Na imagem de 1908, um vagão para transporte de cargas: o bonde
número 214. A foto integra o grupo de imagens que teve autoria
atribuída a Gaensly
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Rede Museu da Energia
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Casarão em Campos Elíseos
Uma das unidades da Rede localizada em área urbana, o Museu da
Energia de São Paulo é um casarão no bairro de Campos Elíseos,
projetado por Ramos de Azevedo e erguido em 1894. Pertenceu ao rico
cafeicultor (e irmão do famoso aviador) Henrique Santos Dumont, que
nela residiu até a década de 1920. Entre 1927 e 1951, o local
passou a abrigar o Colégio Stafford, um internato feminino, e
recebeu a construção de edifícios anexos. Após o período, a casa
ficou sob a responsabilidade da instituição filantrópica Sociedade
Pestalozzi (hoje instalada na zona leste da cidade). No inicio dos
anos 80, o casarão - que estava vazio - foi ocupado por moradores
sem-teto. Em 2001, após o processo de reintegração de posse, o
imóvel foi cedido pelo Governo do Estado de São Paulo para a
Fundação Energia e Saneamento. Comprometida em restaurar o imóvel e
oferecê-lo ao público como Museu da Energia, a instituição
conseguiu obter o tombamento do casarão pelo Condephaat e Conpresp.
O Museu foi inaugurado em junho de 2005.
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Casarão que abriga hoje o Museu da Energia na época em que era
residência de Henrique Santos Dumont. Na imagem, o cafeicultor
aparece no carro à esquerda, enquanto o irmão e aviador Alberto
Santos Dumont está no veículo que deixa o prédio. Imagem: Acervo
Fundação Casa de Cabangu
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Grupo de alunas do Colégio Stafford ao lado da diretora Blandina
Ratto, s.d.
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Acima, edificações anexas ao casarão antes do restauro, no período
em que
o imóvel foi cedido à Fundação
À direita, casarão restaurado, devolvido à sociedade como Museu da
Energia.
Foto de Ana Lúcia Mariz
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Espaço das águas
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Concurso de fotografia sobre o Tietê abre inscrições em
maio
Para comemorar os 100 anos da primeira geração de energia da Usina
de Salesópolis, inaugurada em 1913, o Museu da Energia da cidade
abre inscrições, no dia 14 de maio, para o concurso de fotografia
"Fatos e fotos do rio Tietê". As imagens vencedoras serão
apresentadas em exposição no início de julho, para o lançamento do
Espaço das Águas no museu. As inscrições para o concurso seguem
abertas até o dia 14 de junho.
À direita, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Salesópolis é a
primeira usina instalada ao longo do rio Tietê. Foto de Caio
Mattos
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Notícias
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Fundação comemora 15 anos com lançamento de portal
No mês de março, entrou no ar o novo portal da Fundação Energia e
Saneamento, que comemora 15 anos de atividades. O site ganhou um
layout mais moderno e entre as facilidades para o internauta,
destacam-se o fácil acesso ao banco de imagens e a ferramenta de
compartilhamento de informações nas redes sociais em todas as
seções. Com design dinâmico, navegação mais ágil e novas
ferramentas de interatividade, o portal atende leigos, técnicos e
pesquisadores, tornando-se um ponto de encontro para todos os
interessados em história e atualidades dos segmentos de energia e
saneamento. No site, também é possível se informar sobre projetos
da Fundação e a programação da Rede Museu da Energia e do Espaço
das Águas.
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Universidade de Harvard inclui
Núcleo de Documentação e
Pesquisa em programa de
incentivo a acervos
O Núcleo de Documentação e Pesquisa (NDP) da Fundação Energia e
Saneamento foi incluído no Programa para Bibliotecas e Arquivos
Latino Americanos (PLALA), criado pela Universidade de Harvard. O
Núcleo receberá recursos para a digitalização de fitas magnéticas e
filmes em películas, dos fundos Cesp, Eletropaulo e Comgás. O
projeto começa neste ano e irá facilitar a consulta ao material por
pesquisadores.
O acervo audiovisual reúne, entre outros, registros únicos da
construção de usinas hidrelétricas, como as de Jupiá, em 1969 (foto
à esquerda) e Capivara, de 1978.
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Fundação participa do
Seminário Internacional
Biomassa, Biogás e Eficiência
Energética
A Fundação Energia e Saneamento foi uma das instituições apoiadoras
do Seminário Internacional Biomassa, Biogás e Eficiência
Energética, realizado no Palácio dos Bandeirantes nos dias 2 e 3 de
abril. O evento, organizado pela Secretaria do Estado da Energia, é
uma iniciativa da Cúpula de Líderes Regionais e reuniu
especialistas do Brasil e estrangeiros que apresentaram projetos de
pesquisa e inovação em energia. A instituição foi representada, na
abertura, pela superintendente Mariana Rolim e pelo vice-presidente
do conselho curador Marco Antonio Mroz. Na ocasião, foi assinado
decreto que cria o Programa de Biocombustíveis e o Levantamento
do Potencial Solar do Estado de São Paulo. O seminário faz
parte do projeto piloto da Rede Mundial de Energias Renováveis,
Eficiência Energética e Conservação de Energia, composta por
universidades, institutos de pesquisa e clusters industriais. O
evento contou também com o apoio da ARSESP, Agência Desenvolve SP,
Metrô, Omnis Biotechnology.
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Na abertura do Seminário, o governador Geraldo Alckmin e o
secretário de Energia José Aníbal lançaram o Programa Paulista de
Biocombustíveis. Imagem: Divulgação
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Jovens em ação educativa no Museu da Energia de Rio Claro. Foto:
Caio Mattos
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Museu da Energia oferece
gincanas e jogos no Dia da
Terra e Educação
As unidades da Rede Museu da Energia trarão programação
diversificada no mês de abril, em virtude do Dia da Terra (22) e
Educação (28). Entre 23 e 28, o Museu de Salesópolis terá a
atividade gratuita "Educando para Preservar", uma visita guiada que
promove a discussão sobre temas relacionados a educação ambiental.
A temática também será abordada na unidade de Jundiaí, onde o Dia
da Terra será comemorado com um quiz especial, o jogo de perguntas
"EducaTerra". Em Rio Claro, entre os dias 22 e 26 de abril, o Museu
promove o roteiro "Horta Orgânica", que faz um circuito de visitas
a locais, onde serão transmitidos conhecimentos gerais sobre
cultivos e vegetais. No Dia da Educação (28), o Museu da Energia de
São Paulo celebra a data com uma gincana educativa ao estilo caça
ao tesouro. Veja a programação completa no site da
Fundação.
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